Antropologia e a Experiência Negra, Dakar, Senegal

Imagem 2

Entre os dias 14 e 17 de maio, uma delegação brasileira de antropólogues negres de diferentes instituições e gerações participou do Congresso “Anthropology and the Black Experience”, no Museu das Civilizações Negras, em Dakar, Senegal. Como parte da delegação, estavam integrantes da diretoria, Silvana Nascimento (USP), do Comitê de Antropologia Negra, Gilson José Rodrigues Júnior (IFRN) e Osmundo Pinho (UFRB), e do Comitê de Estudos Africanos, Denise Ferreira da Costa Cruz (Unilab) e Luena Nascimento Nunes Pereira (UFRRJ). Também participaram outros associados como Messias Moreira Basques Jr (Universidade de Glasgow), Igor de Sousa (Mecila) e Paulo Henrique Ferreira (UnB).

O congresso foi organizado pela Association of Black Antrhopologists (ABA), fundada em 1970, que faz parte da American Anthtropologist Association (AAA). A ABA estadunidense é uma associação pioneira que tem proposto discussões no campo da antropologia que envolvam justiça social e relações raciais, promovendo interlocuções entre antropólogos negros e, especialmente, antropólogos do continente africano.

Foi uma oportunidade única de interlocução e troca sobre diferentes perspectivas das experiências negras em diferentes países, entre eles o Brasil, e debater a maneira pela qual a antropologia negra tem se construído e se fortalecido no campo acadêmico e político a nível internacional. Houve a organização de diferentes mesas e conferências, além de visitas a territórios históricos que revelam os processos de escravização e tráfico negreiro, como a ilha de Goree. A presidenta da ABA brasileira, Luciana de Oliveira Dias, também participou no evento, através de uma intervenção remota, destacando a importância do evento para nossa associação.

Durante o congresso, foram realizadas duas reuniões com integrantes da ABA estadunidense e a delegação brasileira onde se abriu a possibilidade para diferentes parcerias e iniciativas entre as duas associações. Esta iniciativa foi organizada por Christen Smith (Universidade de Yale) e Osmundo Pinho, do Comitê de Antropologia Negra, com apoio da Wenner-Gren Foundation.

Imagem 1
Imagem 3
Imagem 4
Imagem 6