A Diretoria eleita na 31ª Reunião Brasileira de Antropologia tomou posse no dia 21 de janeiro de 2019, na Universidade de Brasília. A mesa da cerimônia contou com a presença do Diretor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (UnB), Professor Luís Roberto Cardoso de Oliveira; do Presidente de honra da ABA, Professor Roque de Barros Laraia (UnB); da Presidente eleita, Professora Maria Filomena Gregori (UNICAMP); do Vice-presidente eleito, Professor Sérgio Luís Carrara (UERJ); Professor Doutor Sérgio Ronaldo Granemann, Decano substituto de Decanato de Pós-Graduação e Diretor de Fomento à Iniciação Científica Universidade de Brasília, representando a Professora Doutora Márcia Abraão Moura, Reitora da Universidade de Brasília; Dr. Antonio Carlos Alpino Bigonha, Suprocurador-Geral da República Coordenador da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão; Dra. Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão e da Ex-Presidente, Profa. Lia Zanotta Machado (UnB).
Leia aqui o discurso da Presidente e aqui do Vice-presidente, eleitos para estar à frente da ABA por dois anos, Professora Maria Filomena Gregori (UNICAMP) e Prof. Professor Sérgio Luís Carrara (UERJ).
Confira nos links abaixo a proposta da Gestão empossada, Fotos e vídeo da posse.
A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) vem a público expressar, através de sua Comissão de Assuntos Indígenas, a profunda preocupação diante das ameaças e planejamento de extermínio contra os Tupinambá e solicita urgente investigação por parte das autoridades competentes. Essa nota acompanha e apoia a carta aberta de pesquisadores que demandam a adoção imediata de medidas protetivas para os indígenas, dentre eles o Cacique Babau (Rosivaldo Ferreira da Silva), bem como a assinatura imediata, pelo Ministro da Justiça, da portaria declaratória da Terra Indígena Tupinambá de Olivença.
Carta aberta de pesquisadores com trabalhos junto ao povo Tupinambá
Para acessar a Carta em português clique aqui.
Para acessar a Carta em francês clique aqui.
Para acessar a Carta em espanhol clique aqui.
Ao reorganizar o funcionamento administrativo do Executivo, o novo governo federal tomou decisões políticas que afetam direitos da parcela historicamente mais atacada e vulnerável da história brasileira: os povos indígenas. A publicação Medida Provisória 870/2019 em 1º de janeiro transferiu a Fundação Nacional do Índio – Funai, que até então encontrava-se no Ministério da Justiça, para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Concomitante, retirou da Funai suas principais atribuições, transferindo-as para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Dessa forma e em uma única canetada, décadas de conhecimentos, debates e procedimentos de identificação, delimitação, fiscalização e proteção de áreas demarcadas, bem como estudos sobre antigas nações e povos que ainda não estabeleceram contato com a sociedade nacional foram sumariamente desqualificados e desautorizados.
A Associação Brasileira de Antropologia – ABA representa a comunidade antropológica brasileira em âmbito nacional e internacional, promovendo e divulgando as contribuições do conhecimento antropológico e da atuação dos/as antropólogos/as na garantia de direitos fundamentais e na defesa da pluralidade e da diversidade cultural no país. Para realizar essas funções, a ABA precisa das contribuições de seus/suas associados/as. O pagamento com desconto pode ser feito até o dia 30 de abril de 2019. Confira as condições aqui.
Os pedidos de filiação e mudanças de categoria são analisados/as conforme calendário pré-estabelecido. Confira abaixo o calendário para o ano 2019:
- Primeira chamada 2019:
13/03/2019 - Prazo para a Secretaria Administrativa receber toda a documentação de solicitações;
11/04/2019 - Divulgação dos resultados, por e-mail, aos/as candidatos/as.
- Segunda chamada 2019:
04/09/2019 - Prazo para a Secretaria Administrativa receber toda a documentação de solicitações;
03/10/2019 - Divulgação dos resultados, por e-mail, aos/as candidatos/as.
E-mail de contato: anaisiuaes@gmail.com.
Confira o novo número da Vibrant:
v.15 n.3 – 09-12/2018: Gramáticas de la (¿post?) violencia: identidades, guerras, cuerpos y fronteras - http://www.vibrant.org.br/lastest-issue-v-15-n-3-09-122018/.
Prazo de envio: 28 de fevereiro de 2019. Informações: http://novosdebates.abant.org.br/.
Data: 22 a 25 de julho de 2019
Local: UFRGS - Porto Alegre/RS
Informações: https://www.ram2019.sinteseeventos.com.br
Prazo de inscrições com valores iniciais foi prorrogado até 15 de fevereiro de 2019
Data: 15 a 17 de agosto de 2019
Local: Belo Horizonte/MG
Informações: http://www.esocite8.cefetmg.br
Data: 21 a 25 de outubro de 2019
Local: Caxambu/MG
Informações: http://anpocs.com/index.php/43-encontro-anual-2019
Data: 14 a 16 de maio de 2019
Local: Facultad de Humanidades y Artes / Universidad Nacional de Rosario
Informações: Primeira circular
Estão abertas as inscrições para o concurso público de Provas e Títulos, para contratação de 01 PROFESSOR SUBSTITUTO, por prazo determinado, em caráter emergencial, para atender excepcional interesse público, no ano letivo de 2019, e pelo prazo de 10 meses, em 12 horas semanais de trabalho, sob o regime jurídico da CLT e legislação complementar, na área Ciências Sociais, subárea de conhecimento Antropologia e na disciplina/conjunto de disciplinas: "Introdução à Antropologia"; "Antropologia Urbana". Inscrições até 22 fevereiro 2019. Informações: https://inscricoes.unesp.br/publico/4a39fbe4ec0dfee0116fa5a6fd509e65.pdf.
O Programa de Pesquisa em Economia Humana da Universidade de Pretória abre vagas para duas bolsas de pós-doutorado a partir do segundo semestre de 2019 ou no início de 2020. Inscrições até 15 de março de 2019. Informações: Professor John Sharp (john.sharp@up.ac.za) e o Dr. Marc Wegerif (marc.wegerif@up.ac.za) - https://www.up.ac.za/human-economy-programme.
O Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo está selecionando oito bolsistas de pós-doutorado, para desenvolver projetos de pesquisa no referido programa com duração de, no mínimo, um ano, com possibilidade de renovação. Inscrições: 18 de março de 2019. Informações: http://nevusp.org/chamado-para-bolsas-de-pos-doutorado/.
A revista eletrônica Ponto Urbe, publicada pelo Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, é um veículo de periodicidade semestral destinado à difusão de trabalhos da Antropologia Urbana e de áreas afins, abre chamada para o dossiê “Cidades do interior, interior das cidades”. O Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail: dossiecidadesdointerior@gmail.com. O prazo de submissões para o dossiê "Performance, processos de diferenciação e constituição de sujeitos" foi prorrogado para o dia 28 de fevereiro de 2019. Informações: http://pontourbe.revues.org.
A Revista Eletrônica Visagem é uma publicação semestral dedicada a divulgar trabalhos que versem sobre estudos e pesquisas antropológicas, através do uso de imagens fotográficas e fílmicas que possibilitem dar suporte à produção de material artístico, didático, científico e outros referentes à história social e cultural de diversos nn_groups sociais, preferencialmente na região amazônica, além de fomentar o desenvolvimento metodológico e teórico da antropologia visual na pesquisa, abre chamada para o dossiê "Música e Modos de Subjetivação em perspectiva antropológica" - Edição v.5, n.1 2019. Prazo para envio: até 28 fevereiro de 2019. Informações: http://www.ppgcs.ufpa.br/revistavisagem/.
Espaço Ameríndio - v. 12, n. 2, publicação eletrônica semestral e de livre acesso do Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT/UFRGS), Dossiê POVOS INDÍGENAS E DITADURAS NA AMÉRICA LATINA - https://seer.ufrgs.br/EspacoAmerindio/index.
Revista Iluminuras - v. 20, n. 48 (2019), Publicação Eletrônica do Banco de Imagens e Efeitos Visuais/LAS/PPGAS/IFCH/UFRGS, Nas memórias e no oficio: a busca de sentido para o teatro da (na) contemporaneidade - https://seer.ufrgs.br/iluminuras.
Organizadoras:
Ednalva Maciel Neves
Marcia Reis Longhi
Mónica Franch
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Organizadora:
Fraya Frehse
Por Eloy Terena
Não foi por acaso que José Bonifácio de Andrada e Silva ficou conhecido como “Patriarca da Independência”. Ele não teve somente uma conduta decisiva na emancipação do Brasil de Portugal em 1822. Era um libertário também em outros temas do Império. Mais conhecido por suas posições abolicionistas, sua visão sobre a questão indígena também o põe como alguém à frente do seu tempo. Há um registro histórico importantíssimo que confirma seu papel de vanguarda.
Em 1820, José Bonifácio ficou furioso quando soube de uma expedição para captura de índios nas margens do Rio Paraná. Naquele instante, o abolicionista fez um desabafo, em que não só se mostrava preocupado com o destino dos caetés como também colocava na mesa sua visão sobre quem eram os verdadeiros donos da terra brasilis. “A sorte daqueles índios merece toda atenção”, afirmou ele, para mais adiante deixar claro: “índios de quem usurpamos a terra”.
José Bonifácio se ocupou tanto da questão indígenas que enviou sugestões à Constituição de 1824, já no âmbito de um Brasil independente. Como destaca a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, José Bonifácio, entre seus apontamentos para a primeira Carta Magna do país, clamava por “Justiça, não esbulhando mais os índios, pela força, das terras que ainda lhes restam e de que são legítimos senhores”.
Ocorre que o lobby da oligarquia dos grandes fazendeiros rondava a elaboração da lei maior brasileira, e nela os indígenas não obtiveram qualquer avanço. Pior: as terras tradicionalmente ocupadas não poderiam mais ser legalmente dos povos indígenas. Como bem pontuou a professora Vânia Moreira, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Bonifácio desagradou à elite agrária, já então “ansiosa por ampliar os seus negócios e lucros mediante a apropriação territorial sem limites e restrições”.
Em 1910, surgia então o Serviço de Proteção aos Índios, para, na teoria, ajudar os povos originários e transformá-los em trabalhadores. Apesar de algumas ações importantes, além de seguir a receita do integracionismo, o órgão passou a ser alvo de constantes denúncias de violência contra os índios. Resultado: uma Comissão Parlamentar de Inquérito nos anos 1960. Foi nesse contexto que o regime militar deu fim ao SPI, substituindo-o pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em 1967. Se a Funai já enfrentava problemas como falta de recursos e demarcações em ritmo lento, o atual Governo Federal esvaziou de vez o órgão, transferindo suas principais funções, como a demarcação de terras, para o Ministério da Agricultura.
Com o perdão do clichê, é como se colocasse a raposa para cuidar do galinheiro. O Estado Brasileiro, aliás, não tem respeitado os povos a quem devemos boa parte da preservação da Floresta Amazônica. Tem preferido a companhia dos ruralistas. Estamos no século XXI, e a história se repete não só como farsa, mas com cinismo, crueldade e desprezo pela trajetória de quem mantém o equilíbrio ambiental no país e, por que não dizer?, no mundo.
Associação Brasileira de Antropologia
Antropologia Brasileira: saberes e diálogos na defesa de direitos e diferenças (2019-2020)
Presidente: Maria Filomena Gregori (UNICAMP)
Vice-Presidente: Sérgio Luís Carrara (UERJ)
Secretária Geral: Thereza Cristina Cardoso Menezes (UFRRJ)
Secretário Adjunto: Luiz Eduardo de Lacerda Abreu (UnB)
Tesoureiro: João Miguel Manzolillo Sautchuk (UnB)
Tesoureira Adjunta: Izabela Tamaso (UFG)
Diretoras:
Angela Mercedes Facundo Navia (UFRN)
Manuela Souza Siqueira Cordeiro (UFRR)
Patrice Schuch (UFRGS)
Patricia Silva Osorio (UFMT)
Informativo ABA
Edição: Carine Lemos e Roberto Pinheiro
Diagramação: Roberto Pinheiro
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