Comunicamos que a Secretaria Administrativa da ABA estará de recesso entre os dias 04 e 06 de março de 2019. Portanto, as atividades serão retomadas no dia 07 de março de 2019 (quinta-feira).
As associações nacionais que reúnem pesquisadoras/es, docentes, estudantes e profissionais das áreas de Ciências Sociais e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública manifestam sua preocupação com a proposta do ministro Paulo Guedes, em declarações feitas no dia 22 de fevereiro de 2019, de redução das informações coletadas pelo Censo Demográfico 2020, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Censo é fundamental para que seja possível conhecer a realidade do país e promover políticas públicas eficazes. A exclusão de informações do Censo Demográfico 2020 comprometeria as séries históricas de dados que permitem analisar, com base em evidências, mudanças no perfil populacional e padrões de desenvolvimento nacional e regionais.
Trata-se de um país de proporções continentais, diverso e que apresenta uma série de desafios para que os recursos públicos possam ser geridos com eficácia e dirigidos para as necessidades reais da população.
Ao longo dos anos, o IBGE tem demonstrado seriedade e competência na produção de bases de dados e, especificamente, do Censo. Na área de Ciências Sociais, acompanhamos esse trabalho e nos fundamentamos nos dados apresentados para análises e para a apresentação de alternativas diante dos desafios que esses dados evidenciam.
Restringir o censo vai contra o interesse público, na medida em que, com menos informações, a formulação de políticas fica comprometida, assim como a possibilidade de construção de um país mais justo. Não há desenvolvimento e justiça social sem conhecimento. Não há políticas públicas eficazes sem pesquisa que informe seus formuladores. A quem, afinal, interessa o desconhecimento?
Cidadãos brasileiros assistimos, preocupados, a escalada de conflitos contra a vizinha Venezuela, a que, para nossa maior consternação, adere o Brasil governado por J.Bolsonaro.
Trata-se de momento extremamente perigoso, em que a paz, tão duradoura no sub-continente, se encontra ameaçada pelo governo de D.Trump nos Estados Unidos. A intervenção norte-americana ora se traveste de ajuda humanitária, incluindo a linha seca Pacaraima/Santa Elena entre seus possíveis corredores. Não será demasiado lembrar que instituições concernidas e respeitáveis, tais como a Unesco e a Cruz Vermelha, se recusaram a participar de tal ajuda, apontando o fato básico de que ajuda humanitária se define, sempre, por sua neutralidade e desinteresse, aspectos inexistentes na presente iniciativa norte-americana. Houvesse um grão de verdade nas alegações intervencionistas quanto à crise humanitária na Venezuela, seria de se esperar que os Estados Unidos levantassem o embargo que impuseram àquele país – embargo que responde, em larga medida, à crise em pauta. Como apontam especialistas, sob o pretexto de defesa da democracia – jamais aplicado à Arábia Saudita e a outros aliados fornecedores de petróleo – , os Estados Unidos pretendem avançar sobre a região, em busca do controle de enormes reservas de petróleo.
Não podemos nos calar diante desta violência, cujos efeitos serão catastróficos para a região. Todos aqueles que conhecem a fronteira Venezuela - Brasil podem testemunhar sua diversidade étnica, sua riqueza cultural, seu delicado ecossistema - feito do encontro único da floresta tropical com a savana –, declarado patrimônio da humanidade pela Unesco. A pequena cidade de Pacaraima, encravada na Terra Indígena São Marcos, é geminada à cidade venezuelana de Santa Elena do Uairén, constituindo um espaço integrado, de intensa mobilidade de pessoas e de circulação de bens – a população, indígena ou não, mantém estreitos vínculos de parentesco, trabalho e residência, de ambos os lados da fronteira. Não podemos permitir que tudo isso seja devastado pelo cálculo e pela arrogância de uma intervenção armada.
Conclamamos, assim, as forças democráticas na sociedade brasileira a que, efetivamente, se manifestem contra a intervenção armada na Venezuela e, em particular, contra o envolvimento brasileiro nessa desventurada iniciativa, de modo a honrar a tradição pacifista e não-intervencionista do país, inscrita em sua Constituição.
Declarando toda nossa solidariedade ao povo venezuelano, assinamos: http://www.aba.abant.org.br/files/20190228_5c781855ec25f.pdf.
Para aderir a Carta acesse: https://peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR110834.
A Associação Brasileira de Antropologia – ABA representa a comunidade antropológica brasileira em âmbito nacional e internacional, promovendo e divulgando as contribuições do conhecimento antropológico e da atuação dos/as antropólogos/as na garantia de direitos fundamentais e na defesa da pluralidade e da diversidade cultural no país. Para realizar essas funções, a ABA precisa das contribuições de seus/suas associados/as. O pagamento com desconto pode ser feito até o dia 30 de abril de 2019. Confira as condições aqui.
Os pedidos de filiação e mudanças de categoria são analisados/as conforme calendário pré-estabelecido. Confira abaixo o calendário para o ano 2019:
- Primeira chamada 2019:
13/03/2019 - Prazo para a Secretaria Administrativa receber toda a documentação de solicitações;
11/04/2019 - Divulgação dos resultados, por e-mail, aos/as candidatos/as.
- Segunda chamada 2019:
04/09/2019 - Prazo para a Secretaria Administrativa receber toda a documentação de solicitações;
03/10/2019 - Divulgação dos resultados, por e-mail, aos/as candidatos/as.
Confira o novo número da Vibrant:
v.15 n.3 – 09-12/2018: Gramáticas de la (¿post?) violencia: identidades, guerras, cuerpos y fronteras - http://www.vibrant.org.br/lastest-issue-v-15-n-3-09-122018/.
Prazo de envio: 28 de fevereiro de 2019. Informações: http://novosdebates.abant.org.br/.
Data: 16 de março de 2019 de 16:00 a 19:00
Local: Livraria Tapera Taperá. Av. São Luis, 187, 2º andar, loja 29 - Galeria Metrópole, São Paulo
Informações: https://www.facebook.com/events/321476321836370/
Data: 20 e 24 de maio de 2019
Local: Auditórios da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - FFLCH/USP
Informações: 3ª Circular
Data: 22 a 25 de julho de 2019
Local: UFRGS
Informações: http://abciber.org.br/site/2018/12/20/xii-simposio-nacional-abciber/
Estão abertas as inscrições para o Concurso Brasileiro ANPOCS de Obras Científicas e Teses Universitárias em Ciências Sociais - Edital 2019. As inscrições vão até dia 30 de março e o resultado será comunicado durante a Assembleia Geral do 43º Encontro Anual, dia 24 de outubro de 2019, no Hotel Glória, em Caxambu/MG. Informações: http://anpocs.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2047:resultado-2013-sp-303660533&catid=1024:concurso-anpocs-obras-e-teses-2&Itemid=737.

Folheto: Mulheres em situação de violência de gênero e idade - https://issuu.com/beiradorio/docs/beira_especial_001/4.
Associação Brasileira de Antropologia
Antropologia Brasileira: saberes e diálogos na defesa de direitos e diferenças (2019-2020)
Presidente: Maria Filomena Gregori (UNICAMP)
Vice-Presidente: Sérgio Luís Carrara (UERJ)
Secretária Geral: Thereza Cristina Cardoso Menezes (UFRRJ)
Secretário Adjunto: Luiz Eduardo de Lacerda Abreu (UnB)
Tesoureiro: João Miguel Manzolillo Sautchuk (UnB)
Tesoureira Adjunta: Izabela Tamaso (UFG)
Diretoras:
Angela Mercedes Facundo Navia (UFRN)
Manuela Souza Siqueira Cordeiro (UFRR)
Patrice Schuch (UFRGS)
Patricia Silva Osorio (UFMT)
Informativo ABA
Edição: Carine Lemos e Roberto Pinheiro
Diagramação: Roberto Pinheiro
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